domingo, 1 de julho de 2012

Suicide


Te esquecer? Era tudo o que eu mais queria, acredite. Mas sinto que algo me impede de distanciar-me de você. Depois que o meu amor se foi, minha vida não foi mais a mesma. O canto do pássaro, não era mais tão suave e encantador, aquela árvore florida e verde que eu observara por meses, se secou, agora, já não é mais florida, e o verde se perdeu, em meio ás chuvas de verão, cada vez mais tristes, como se a natureza correspondesse com o ar de solidão que foi deixado, quando você partiu. 
Sim, eu sinto muito a sua falta, e já não consigo mais dormir sem pensar nos tempos em que, nossa vida era suave como a brisa, e calma como os lírios vivos da primavera... Assim, tão perfeita. 
Mas tudo mudou, a brisa deixou de ser suave, já me dera até nervos, os lírios se murcharam rapidamente na primavera, e as lágrimas só se acumulavam, descendo de meus olhos, rolando sob meu rosto, e ao morrerem em meus lábios, eu sentia uma imensa vontade de correr contra o vento, sem me preocupar em voltar cedo pra casa.
E pensar que eu não poderei fazer isso nunca, me deixa mais triste ainda.
Não pense que eu te perdoarei, porque se isso acontecer, com certeza, será a última coisa que farei, antes de partir. Além de me deixar apodrecer, junto aos grandes e vazios cômodos daquela casa, tu ainda não me deixastes as cartas que prometeste deixar, no natal passado. 
A solidão me consumiu, aos poucos, e foi me roendo, junto aos móveis sem uso, e perdidos, em meio á tanta poeira e discórdia. 
Não te peço mais nada, apenas que não se esqueça de mim. 
E deixo aqui, a casa, as cartas, os móveis, a herança, e o coração de uma garota que um dia já sofreu muito por amor...

- E o que não me mata, me deixa mais forte - 

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